sexta-feira, 17 de abril de 2015

#AmorDePrimavera




"Sabe aquela noite que você não espera nada da vida?"
E foi assim que tudo começou.
Olhei e de primeira senti.
Reparei no jeito, me aproximei, impliquei... Mas logo desisti.

No dia seguinte lembrei, mas não falei, me escondi.
De repente me procurou, eu sorri.
Em poucas horas, a sintonia, eu senti fluir.
Entre risos e conversas, a hora eu perdi.

Quebrando um jejum de mais ou menos três anos, me vi "sem-querer-querendo" deixando algo novo surgir.
Precocemente fui dando ouvidos, olhos, boca, sorrisos, afeto, carinho e o principal: Credibilidade.

A maneira como segurava meu rosto e olhava em meus olhos. O jeito como sorria ao me ver. A paz do abraço. O cheiro do cabelo. As besteiras ao pé do ouvido. As brincadeiras bobas e as gargalhadas. A ausência da vontade de partir. A presença da vontade de ficar.

"Oiá, naiá... Eu acabei de me apaixonar.
Oiá, naiá... Agora é primavera."

Aquela sensação adolescente, me fez permitir que eu respirasse, sem medo, o  perfume que só as flores da primavera exalava. Eu queria viver aquela estação.

Acontece que a pressa fez com que passassemos por quatro estações de uma vez só.
Da temporada das flores ao clima quente do verão. As flores recebia o calor do sol e assim resistia. Mas, às vezes quem se expõe muito ao sol, acaba se queimando. O outono chegou e, pouco a pouco, as folhas... Flores... Foram caindo... Caindo o inverno bem entre nós. Devagar, silencioso, quase que sem perceber... O que era bonito e florido, foi dando espaço ao gelo e ao frio.

Mas peraí... Quem mexeu no calendário?
Alguém pode, por gentileza, fazer voltar para a primavera?
Sabe aquela noite? Aquela... Que você não espera nada da vida?
Eu voltaria. Só pra fazer durar um pouco mais... Esse #amordeprimavera.


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