segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Poderia...




Eu poderia apostar todas as minhas fichas em você.
Contra todo o seu passado. Contra toda a sua história. Contra todas as pessoas que são simplesmente contra. 
Estaria ali. De pé. Ao seu lado. Dizendo e repetindo: Eu acredito!
Te ajudaria a superar cada erro. Enfrentaria todas as crises. Não me importaria com o que pensam, falam, julgam.  
Você me perguntaria: Por que você está aqui? 
Eu responderia: Porque no fundo,  bem lá no fundo desse teu olhar, eu vejo um menino... Tentando ser um homem... Tentando deixar pra trás tudo aquilo que prende, atrapalha e machuca. Eu vejo um cara tentando dar certo. E vejo também um olhar triste, por saber que quase ninguém acredita em você. 

Talvez seja isso que falta. Alguém que acredita em você. Que te mostre que é possível sim ser feliz. Que é possível sim vencer todos esses fantasmas que te fazem dar passos para trás quando se sente vulnerável. Que é possível começar de novo. Que esse iceberg pode derreter, se você se permitir. 

Toda vez que eu te vejo fico pensando:
"E se..."
"Eu poderia..."
"Bem que eu queria..."

Quanta bobagem,  minha! Pura perda de tempo!
As coisas só acontecem quando os dois querem. Quando os dois se permitem. 
Afinal, não adianta oferecer calor pra quem prefere ser gelo.

É... Preciso parar de pensar que eu poderia. Posso? 


sexta-feira, 16 de agosto de 2019




Quando eu era mais nova, não entendia muito as pessoas quando elas falavam sobre tempo. 
Pensava: "Por que são tão preocupadas com tempo?"
As frases eram sempre as mesmas...
"Não tenho tempo", "Quanto tempo tenho?", "Se eu pudesse voltar no tempo...", "Bons tempos!", "Queria ter mais tempo"
Eu ficava tentando entender porque esse diacho de TEMPO era tão importante, afinal, somos novos! Pra que se preocupar com o tempo? Falta muito ainda...
A gente não sente, não percebe, não vê. Mas ele está ali sempre. Rodando os ponteiros. E uma vez que ele passa, não volta mais. E é justamente quando ele passa, que a gente começa a perceber e entender a falta que fez não aproveitar aqueles dias, ou aquelas horas, ou aqueles momentos. Ele deixa rastros nos fios de cabelo que começam a perder a cor. Ele deixa evidências em uma foto. Ele grita na folha do calendário.
E daí você percebe que você nunca ganha do tempo. Não dá pra entrar nessa guerra. Não tem como parar e nem voltar. Só tem como observar e fazer algo AGORA. Nesse minuto. Nesse instante. No segundo que você não sente, mas que está rodando e contando contra você.  Sempre contra. Nunca à favor.
Pra ser à favor, é preciso arriscar. É preciso viver. É preciso se atentar ao que é importante, não ao que é banal.
Qual a importância do tempo na sua vida?
Talvez se a gente entendesse o real significado dele, não o perderíamos tanto, tão facilmente, com coisas tão pequenas...

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O que se escreve...

A dor, o confuso, o stress, o vício, o louco, a falta, o incômodo, a inquietação, a tristeza, a decepção, a vontade de colocar a boca no trombone, a fantasia, o real.... Mas sobre tudo, o amor. Sempre ele será o motivo da escrita. 


PS.: Alegrias se vivem, não se escrevem. Entenda! 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

#AmorDePrimavera




"Sabe aquela noite que você não espera nada da vida?"
E foi assim que tudo começou.
Olhei e de primeira senti.
Reparei no jeito, me aproximei, impliquei... Mas logo desisti.

No dia seguinte lembrei, mas não falei, me escondi.
De repente me procurou, eu sorri.
Em poucas horas, a sintonia, eu senti fluir.
Entre risos e conversas, a hora eu perdi.

Quebrando um jejum de mais ou menos três anos, me vi "sem-querer-querendo" deixando algo novo surgir.
Precocemente fui dando ouvidos, olhos, boca, sorrisos, afeto, carinho e o principal: Credibilidade.

A maneira como segurava meu rosto e olhava em meus olhos. O jeito como sorria ao me ver. A paz do abraço. O cheiro do cabelo. As besteiras ao pé do ouvido. As brincadeiras bobas e as gargalhadas. A ausência da vontade de partir. A presença da vontade de ficar.

"Oiá, naiá... Eu acabei de me apaixonar.
Oiá, naiá... Agora é primavera."

Aquela sensação adolescente, me fez permitir que eu respirasse, sem medo, o  perfume que só as flores da primavera exalava. Eu queria viver aquela estação.

Acontece que a pressa fez com que passassemos por quatro estações de uma vez só.
Da temporada das flores ao clima quente do verão. As flores recebia o calor do sol e assim resistia. Mas, às vezes quem se expõe muito ao sol, acaba se queimando. O outono chegou e, pouco a pouco, as folhas... Flores... Foram caindo... Caindo o inverno bem entre nós. Devagar, silencioso, quase que sem perceber... O que era bonito e florido, foi dando espaço ao gelo e ao frio.

Mas peraí... Quem mexeu no calendário?
Alguém pode, por gentileza, fazer voltar para a primavera?
Sabe aquela noite? Aquela... Que você não espera nada da vida?
Eu voltaria. Só pra fazer durar um pouco mais... Esse #amordeprimavera.


-

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O amor é assim...



Por que as pessoas limitam tanto o amor?
Quando é que as pessoas vão entender que o amor é algo intrínseco em nós mesmo?
Não há como não amar.
Uma pessoa que diz que não ama, erra por falta de conhecimento e entendimento.
Amor é quando você se auto-valoriza. Seja por conta do seu caráter, da sua conduta, da sua aparência.
Amor é quando você cuida e se preocupa com alguém. Seja um amigo ou uma amiga, um familiar, um namorado ou uma namorada.
Amor é quando você se dedica àquilo que você acredita. Independente da religião, o amor também é fé! É não desistir de algo/alguém por mais difícil que isso/ela seja.
Amor é perdoar as maldades que alguém já te fez. É relevar as mágoas, é compreender os motivos, é abrir mão do orgulho. É ser corajoso o suficiente para dizer ou demonstrar o que sente mesmo quando não se é correspondido.
Amor é algo tão sublime que excede todo o entendimento. É quando nem mesmo você entende o porquê ama. Quando não há benefícios, interesses, vantagens em estar ali, mas você está, por amor... Por amar...
Amor é quando você se pega sorrindo sem motivo. É quando você agradece por mais um dia de vida.
Sabe quando você ouve aquela música que te faz lembrar de algum momento bom da sua vida? Há amor nisso!
O amor vai muito além de beijos apaixonados, sexo maravilhoso, risadas com os amigos. Ele excede o ciúme, acaba com a desconfiança e anula a vingança. Ele é a paz, a proteção e o equilíbrio. Só o amor lança fora todo o medo, pois é o que te dá segurança. É quando você mantém a sua palavra mesmo quando tudo dá errado.
Amor é o que temos guardado dentro de nós mesmo e ninguém vê. É o que não é exposto, mas vivido.
Enfim... Eu poderia ficar aqui listando inúmeros exemplos do que é o amor, mas não o farei, não se faz necessário.
Por que não?
Porque não há explicação suficientemente plausível para aquilo que não vemos, mas sentimos.
O amor é assim... Inexplicável, mas fundamental. Invisível, mas vital.




quinta-feira, 10 de abril de 2014

Ao som de Justin Timberlake...




-

Perdi as contas de quantas vezes, pensando em alguém, eu segurei o lápis diante dessa folha tão branquinha, à espera de ser preenchida. E eu queria conseguir externar tudo o que, quase me sufocando, insistia em permanecer interno. Dias, semanas, meses se passaram e o espaço reservado no tal papel continuava ali, sem um rabisco sequer. Não, realmente não era por falta de história pra contar, talvez pelo excesso delas.
Foram tantos momentos bons e ruins, tranquilos e tensos, felizes e tristes, engraçados e stressantes, que eu poderia comparar tudo que aconteceu à uma montanha-russa, com altos e baixos. Sempre tudo muito extremo, estando tudo muito bem ou tudo muito mal. Sem meio termo, sem mais ou menos. Reto e direto.
E como lidar com os extremos? Com o inseguro? Com o inconstante? Responda-me você, caro (a) leitor (a), porque ainda procuro tal resposta. 
Até que para alguém que não sabia lidar com isso, eu me sai muito bem. Um pouquinho de paciência, uma pitadinha de flexibilidade e um caminhão cheio de compreensão. Pronto, deu pra levar. Deu pra não quebrar os ovos em que diariamente eu pisava com tanto cuidado.
Muitas vezes ouvi brincadeiras de que eu merecia um troféu, ou um diploma de PhD, uma medalha, ou até mesmo um certificado... Por conhecer tão bem, em tão pouco tempo... Mas a verdade é que não conhecemos nada tão profundamente ao ponto de saber sempre como agir. 
E foi nessa levada de não saber como agir, que as coisas se perderam. Assim, em um piscar de olhos. De uma dia para o outro. Ou melhor... De um domingo para uma segunda.
A montanha-russa desceu e parecia não ter mais forças para subir. Não havia mais frio na barriga ou lupes de alegrias. Ela parou! E parou justamente no baixo. Tudo aquilo que parecia tão divertido, passou a não ter mais a menor graça. E lá estava eu, quase que lutando contra a gravidade para fazer esse trem subir novamente. Mas não adiantou... Parado estava, parado ficou. Assim como o velho ditado que diz: "Quando um não quer, dois não brigam", as coisas não iriam funcionar só porque eu queria.
Em meio aos meus milhões de questionamentos, algo me dizia: "Se acalma menina. Deixa... Deixa estar... Deixa o tempo passar! Uma hora tudo volta a funcionar e quando você menos esperar o que estava no baixo, estará no alto novamente. Talvez de uma outra forma, mas vai estar. É só questão de tempo."
Aos poucos eu fui deixando essa voz falar mais alto e parei de me preocupar tanto... Fui aprendendo que nem todo mundo está preparado para certos cuidados e carinhos, e por isso, precisam estar sozinhos. Sobretudo, fui percebendo que eu não precisava saber lidar com tudo isso e logo, não havia motivos para insistir. 
Às vezes é melhor deixar pra lá e guardar boas lembranças de algo especial, do que insistir e virar algo ruim. Pois, por mais que muitas vezes não pareça, eu ainda quero acreditar que... It's not a bad thing.


-




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Engraçado





É engraçado como eu não consigo ter raiva de você.
É engraçado como ainda olho suas fotos e consigo sorrir.
É engraçado como sinto falta das brincadeiras, das risadas,
Da maneira como te cuidava e me cuidava.
Deve mesmo ser engraçado. Já me conformei.
Me conformei em sigilo, em secreto, ''por debaixo dos panos", como diz no popular.
Porque se alguém perguntar por você: "Não sei, não quero saber."
E de certa forma, é verdade.
Não sei como andas, com quem andas, se estás feliz, se estás triste.
Estás viva, isso basta.
Basta, para que eu tema te encontrar.
Basta, para que eu tema te olhar.
Basta, para que eu tema demonstrar.
Basta, para que eu tema te querer.
Basta, para que eu tema não te esquecer.
Será mesmo que tudo isso é engraçado?
Se for, está mais do que na hora de desarmar o circo,
Tirar o nariz de palhaço e desfazer essa magia.
Pode ser engraçado, mas Frejat nos dizia:
"Que rir é bom, mas rir de tudo é desespero".

-